Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão que afeta as mais diversas pessoas em todo o mundo. Estamos nos referindo aos indivíduos que estão apegados às suas vidas terrenas.

Nesse contexto, podemos fazer analogia a um perfil de comportamento compactuado por muitas pessoas.

Grande parte daqueles que desejam lançar um produto ou mesmo um curso voltado ao sucesso, sobretudo ao financeiro, sempre buscam enfatizar os aspectos terrenos associados à temática da prosperidade.

Mas por quê? Bom, isso ocorre porque a maior parte desses indivíduos estão preocupados com a manutenção apenas de suas vidas terrestres, de modo que se apegam aquela falsa sensação de poder um dia ter o controle sobre tudo.

Dessa forma, acreditam que podem direcionar tudo, pois entendem que são donos de suas vidas. Contudo, é preciso que reflitamos sobre isso. Logo, para tal iremos retomar os dizeres de um grande sábio.

Qual é o maior problema da humanidade?

Um sábio, quando questionado sobre qual o maior problema da humanidade que precisava ser resolvido, frisou que há certas questões que, além de precisarem serem resolvidas, chegam até mesmo a serem engraçadas de tão recorrentes.

Entretanto, ele ressaltou que um desses problemas era a falta de consciência de que a única certeza que temos, desde o momento em que nascemos e chegamos nesse mundo, é que um dia iremos morrer.

Contudo, muitas pessoas não se preocupam com essa fase que é tão importante como qualquer outra.

De modo que, ficam tão apegadas ao plano terreno que se esquecem de se preparar para esse momento tão inevitável, com o qual não podemos lutar e, ainda, teremos que enfrentar um dia.

Dessa forma, o engraçado para esse sábio é que a única coisa da qual temos certeza em toda a nossa vida é a última com a qual nos preocupamos, uma vez que são raras as pessoas que param para refletir sobre isso.

A questão é “engraçada” porque aponta para uma certa hipocrisia, uma vez que todos nós sabemos que a morte é um fluxo natural da vida, mas isso é visto como um tabu.

Pessoas que são apegadas ao plano terreno

Algo sobre o qual não podemos deixar de discutir é que as pessoas mais apegadas ao plano terreno geralmente não querem pensar que tudo isso é passageiro e que a morte é algo com o qual não podemos lutar.

Sabemos que o nosso corpo acompanha as demandas de uma fase, em que nascemos e, em um certo momento, nosso corpo é formado para a procriação, de modo que, posteriormente, nossas células começam a envelhecer, o que já aponta para um caminho mais próximo da morte, mas isso assusta muitas pessoas, sobretudo aquelas apegadas ao plano terreno.

Nesse sentido, é de suma importância que pensemos sobre o nosso apego ao plano terreno e a nossa despreparação para a última fase da nossa vida no que diz respeito à morte.

Aqueles que acreditam na vida após a morte ou mesmo em uma salvação divina devem estar conscientes quanto a essa fase da vida. Diante desse cenário, é essencial que compreendamos o que configura a própria vida.

O que caracteriza a vida?

Não restam dúvidas de que a única certeza que temos sobre a vida é que um dia ela irá se esvair e que aquilo que não aproveitamos em um certo momento jamais será recuperado. A vida, então, nada mais é do que uma jornada.

Ela deve ser experienciada a cada dia. Contudo, é algo que nos aproxima mais da morte. Posto isso, acreditar em Deus é de vital importância, pois, sem essa crença, não é possível chegar a essa evolução.

Uma falha que aflige a vida de muitas pessoas é que passam a viver como se essa vida fosse eterna, mas, na verdade, ela é muito breve. Temos um tempo muito curto para vivenciarmos todas essas experiências.

No entanto, muitas pessoas estão a todo o momento reclamando de alguma forma e nunca estão satisfeitas com nada. São sujeitos que reclamam das pessoas ao seu entorno, de quanto ganham, das suas relações, dentre outros fatores do tipo.

A complexidade das relações humanas

Quando pensamos nessas questões, é preciso que reflitamos sobre a complexidade das relações humanas. O ego inflamado torna as relações humanas ainda mais delicadas, pois há diálogo de menos e julgamentos de mais.

Um exemplo são os pais que brigam o tempo todo com os seus filhos ou o contrário e não param para refletir que aquele pode ser o último momento que terão com os seus filhos. O mesmo vale para aqueles que cortam relações com pessoas que podem estar vendo pela última vez na vida.

Tudo isso ocorre porque não param para pensar que a morte é uma realidade que não pode ser evitada.

Como forma de instigar as pessoas a pensarem sobre essas questões tão importantes, há uma série de músicas que nos provocam a pensarmos no quão passageira é a vida.

Contudo, como temos enfatizado nesse post, a única certeza que teremos em toda a nossa vida é que uma hora ela irá se esvair.

O que você espera da sua vida nesse momento?

Diante dessa provocação, convidamos-lhe a refletir sobre o que você espera da sua vida nesse momento. É preciso que você reflita sobre o quão satisfeito você está com o seu eu agora.

Se você está pleno e feliz com as suas escolhas, se você se sente realizado nesse momento, é de suma importância que você trace um próximo objetivo e responda de maneira clara a questão: o que quero para a minha vida agora?

Agir como se fosse uma pessoa eterna, como vimos, é um grande erro, pois, dessa forma, não dará a devida importância para a sua própria vida.

Diante disso, devemos pensar sobre as pessoas que são tão apegadas aos bens materiais conquistados que acabam ficando desprovidas de relacionamentos, sobretudo daqueles saudáveis. Analise se tudo isso vale à pena, sobretudo se vale à pena colocar a sua felicidade em risco.

O planejamento de uma vida

Nós planejamos a nossa vida a todo momento, traçando, para isso, certas metas e objetivos. Entretanto, o grande erro nesse processo é que planejamos a vida como se fôssemos eternos, de modo que apenas conseguimos visualizar esta vida nos próximos anos.

O ato de se planejar é fundamental, pois ele faz com que tenhamos foco, mas é preciso se planejar para esta etapa também. A questão não é “deixar a vida te levar”, porque essa é uma forma de ignorância.

O grande desafio é não desprezar a morte e tratá-la como se fosse algo muito distante.

O que queremos enfatizar é que você pode transformar a sua jornada em uma vida muito mais reflexiva, crítica e pensante, o que pode expandir e muito os seus horizontes.

O grande desafio é aprender com cada evento, situação e momento. Agradecer a Deus por tudo aquilo que conquistamos também é essencial para que alcancemos essa vida plena e feliz que almejamos e buscamos.

É possível controlar todas as situações?

Em muitas das vezes, nós acreditamos que podemos controlar as coisas que acontecem ao nosso entorno e, de fato, algumas delas podemos controlar, mas a maior parte delas está fora do nosso alcance.

Como já diziam as pessoas mais antigas: “aquilo que não possui remédio, já foi remediado de alguma forma”.

A metáfora é ótima, pois ressalta que há coisas que cabem a nós o controle, porém, há outras que são inevitáveis e que não dependem apenas de nós, mas de terceiros.

Muitos pais acreditam que podem controlar os comportamentos de seus filhos, de modo a fazer com que haja de uma forma esperada, por meio do emprego de algumas estratégias.

A partir do momento em que os pais passam a educar os seus filhos, eles assumem uma responsabilidade vital. Assim, desde o momento em que essa criança nasce, até a fase em que se tornam adolescentes, é possível educá-los. Contudo, após isso, não cabe mais aos pais.

A importância de respeitar as escolhas

Tomando como exemplo os adolescentes, é essencial que os pais tenham a consciência de que já durante a adolescência eles não têm mais como controlar os seus filhos a qualquer momento, bem como não podem mais tomar as decisões por esses indivíduos, visto que têm autonomia para tanto.

É nesse sentido que lhe convidamos a refletir se vale a pena para você ser apegado a algo tão passageiro como a vida terrestre.

Uma forma de refletir sobre a vida e as escolhas feitas é por meio de uma pergunta simples, mas que carrega uma complexidade imensa: se você morresse hoje, estaria preparado para isso?

A maior parte das pessoas irão responder que não. Precisamos ressaltar que é claro que ninguém quer morrer e isso faz parte do instinto de um ser humano. É algo inerente ao próprio ser humano.

No entanto, é possível analisar que a maior parte das pessoas não lidam bem com isso, embora, claro, haja as exceções.

A importância de se viver com intensidade o agora para evitar arrependimentos

Como as pessoas não se preparam ao longo da vida para este momento, passam toda a vida retardando ao máximo o mesmo (com exceção das pessoas que recorrem ao suicídio por não conseguirem lidar com as suas dores).

Muitas pessoas que dão muita importância apenas para as coisas materiais e para aquilo que elas têm a oferecer acabam presas ao mundo material.

No entanto, o grande erro nessa postura é que as pessoas acabam abrindo mão de sua própria felicidade.

Nesse contexto, diversos estudos têm apontado que a verdadeira felicidade não reside nas coisas materiais, mas sim nas coisas simples da vida.

Aquilo que acontece dentro de nosso âmago, bem como aquilo que acontece com as pessoas que estão ao nosso entorno.

Há muitas pessoas, por exemplo, que com muito pouco conseguem se sentir muito felizes, bem como são unidas, mesmo que estejam em uma situação de vulnerabilidade social.

O que inibe a felicidade?

Há pessoas que vivem em uma situação diária de miséria e diversas provações, mas, mesmo assim, conseguem ser muito felizes, bem como há aquelas muito ricas e que não conseguem experienciar a felicidade duradoura, uma vez que o seu foco é apenas na conquista de aspectos do mundo terreno.

As pessoas que se encaixam no segundo perfil geralmente são infelizes ao longo de toda a vida, pois sempre terão contato com uma felicidade fictícia e/ou passageira.

As pessoas que se sentem solitárias e que acabam afastando outros indivíduos e relações que poderiam ser muito positivas podem estar dispensando uma atenção muito grande para as coisas materiais.

Todavia, é de suma importância que levemos em consideração que as coisas materiais não são definitivas. Tudo é passageiro, de modo que, em um dia, podemos ter tudo e, em outro, pode não restar nada e, além de tudo, podemos estar sozinhos, sem amparo algum.

No que reside o sucesso verdadeiro?

Muito se enganam aquelas pessoas que acham que todo o sucesso reside apenas no plano financeiro. Elas não conseguem alcançar a felicidade plena a verdadeira.

Podemos citar como exemplo as pessoas que investem muito dinheiro na bolsa, tornam-se sujeitos privilegiados e bem-sucedidos, mas, com jogadas erradas, acabam perdendo tudo.

Se essas pessoas investirem apenas em aspectos terrenos, ao terem essas perdas financeiras, também irão experienciar uma outra situação desagradável:

A perda de relações que não foram cultivadas, de modo que essa pessoa, antes bem-sucedida, agora é solitária e triste. Além disso, aqueles que se uniram a essa pessoa apenas pelo seu dinheiro, se afastam.

É por esse motivo que devemos cultivar as mais diversas formas de sucesso ao longo de toda a nossa vida.

Não podemos focar apenas em uma dessas camadas, pois, dessa forma, a nossa vida ficará repleta de lacunas.

Tudo aquilo que é material passa em um momento, seja o corpo material, os recursos financeiros e a própria vida.

Dessa forma, os bens conquistados devem servir apenas como um meio para você praticar o bem com aqueles ao seu entorno e para viver uma vida melhor.