Você precisa ter fé? O que é a fé e como ela age na vida de um ser humano?
Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão de vital importância para o ser humano: ter fé. Você sabe o que é a fé e o porquê desta ser essencial em nossas vidas? Ao longo de nossa conversa de hoje iremos apresentar alguns dos aspectos cruciais relacionados a ter fé.
Você já parou para refletir se é necessário ter fé para atingir os seus objetivos e em como esta fé pode mudar a sua vida? Diante dessas duas questões vitais, hoje, convidamos-lhe a fazer, junto a nós, um exercício de reflexão.
Em primeiro lugar, vamos desapegar daquela ideia de “fé cega”, isto é, daquela ideia de que é preciso ter crenças ideológicas quanto a algo e, então, iremos discutir sobre a raiz da fé. Esse exercício de reflexão aqui proposto tem o intuito de fazer com que você pense sobre essas questões. Contudo, antes de qualquer coisa, é preciso que entendamos o que é, de fato, a fé.
O que se encontra implícito e explícito em ter fé?
Se fôssemos definir esse ato tão profundo e singular, sem dúvidas, uma palavra simples bastaria. Fé é sinônimo de acreditar. Diante desse caráter, a fé nada mais é do que ter uma crença em algo.
Quando você passa a acreditar que um dia será feliz, você tem fé nisso. O mesmo vale para quando acreditamos que no dia de amanhã iremos acordar nos sentindo melhor, assim como para quando acreditamos que vai chover ou mesmo em uma notícia.
Tudo isso aponta para a fé. Todos esses exemplos estão ligados ao exercício do ato de acreditar, isto é, da própria fé. Assim sendo, todos os dias, acordamos e vamos dormir acreditando em algo.
Acreditamos, na verdade, em várias coisas ao longo de nossa vida. À medida em que nos relacionamos com as pessoas e com as situações passamos a acreditar. Os acontecimentos ao nosso redor nos levam a ter ou não fé.
Como a fé pode ser manifestada?
Quando pensamos nos aspectos da vida e nos aspectos cotidianos, percebemos que a fé, como um exercício de acreditar, pode se manifestar em diferentes níveis. Por exemplo, você é pai ou mãe, e você tem um filho que te disse algo que fez com que surgissem algumas dúvidas e incertezas.
Mesmo que você tenha fé em seu filho, isto é, que acredite nele, o seu nível de fé fica, de certa forma, estremecido. Pode ser, por exemplo, que você pergunte ao seu filho se ele está estudando como se deve e ele responda que sim, porém, você não o vê estudando.
Mesmo que você opte por acreditar e não confrontar, as dúvidas ainda permanecem em sua mente. Logo, está poderá assumir diferentes níveis.
Tudo que você acredita é verdade?
Como já dissemos, a fé é sinônimo de acreditar e todos nós temos esse direito. Entretanto, é importante termos cuidado com as informações que chegam até nós. É necessário que antes pensemos a respeito da veracidade das informações com as quais temos contato.
Por exemplo, você pode acreditar em uma notícia que viu na televisão. Assim como a partir do momento em que você lê uma reportagem, um livro ou escuta uma notícia ao assistir a televisão, pode decidir acreditar no que está sendo dito.
Mas a pergunta é: quem disse que isso é, de fato, verdade? Você vivenciou essa situação ou a conhece de maneira profunda? Na maior parte das vezes não refletimos sobre as pessoas que estão por trás da notícia, de que local falam, ou se são especialistas, dentre outras coisas.
Portanto, é importante verificar esses aspectos a fim de comprovar se essas informações realmente são verdadeiras.
Precisamos refletir a respeito de nossas crenças
Essas colocações que levantamos em nossa conversa, a respeito de como facilmente acreditamos nas informações com as quais temos contato sem ao menos refletir sobre elas, servem para que pensemos se aquilo que lemos e ouvimos em nosso dia a dia são, de fato, verdade.
Na maior parte das vezes, não tomamos cuidado com o que estamos consumindo, de modo que faltam filtros para que selecionamos o que vale a nossa atenção, a nossa crença. Por meio da reflexão é preciso que você reflita sobre o porquê por trás das informações com as quais tem contato.
Há uma tendência em simplesmente acreditar. Você passa a ter fé sem que muito tenha que ser feito para isso. Entretanto, nesse caso, essa falta de reflexão e a essa facilidade em acreditar em algo sem nos aprofundarmos no assunto pode fazer com que venhamos a acreditar em algo que não é verdade e que pode, de algum modo, vir a nos prejudicar ou prejudicar outras pessoas no futuro.
Já em relação à fé em Deus, o assunto é um pouco diferente, e para que entendamos essa questão primeiro é preciso que discutamos sobre o que Deus significa.
A fé em Deus
Uma pergunta que costuma ser feita de maneira recorrente é se é preciso acreditar em Deus para que seja possível exercer a fé. Bom, tudo depende do tipo de crença ao qual você está relacionado.
A fé em Deus é algo que vai depender muito do que é Deus para cada indivíduo.
Isso implica partir do pressuposto de que é preciso entender quem, de fato, é esse Deus e como você permite que ele aja em sua vida.
A maior parte das pessoas que acreditam em Deus não refletem sobre o que é esse Deus ou mesmo sobre quem ele é e como age em suas vidas. Não são raros os casos de pessoas que ligam Deus a uma doutrina e, em muitas vezes, brigam para que esta doutrina seja consolidada em toda a sociedade.
Assim sendo, percebemos que esse assunto é muito complexo e amplo, pois como já foi dito anteriormente, cada indivíduo possui uma ideia diferente do que é Deus. A história da humanidade nos mostra que é possível ter fé em qualquer coisa, uma vez que ela conta sobre a fé de pessoas em objetos, em símbolos ou até mesmo em uma pessoa comum. Acreditam nisso e todos os seus esforços são em nome daquilo em que acreditam.
A fé em Deus e a igreja
A fé em Deus também está ligada à ideia de quem é Deus para você do seu ponto de vista ideológico. Há aqueles que não acreditam no Deus pregado pela igreja. Não são raros os casos de pessoas que acreditam em Deus, mas não na instituição da igreja. Logo, temos, aqui, duas perspectivas diferentes.
Não é preciso ir à igreja para que você possa ter fé em Deus, uma vez que a fé em Deus depende dos níveis de fé e do que você acredita ou concebe como Deus, e não do ato de ir à igreja.
A vontade de ir à igreja vai depender de vários outros aspectos, sendo um deles a necessidade de se relacionar e de conversar a respeito do que acredita com pessoas que compartilham da mesma fé que você.
Ir à igreja para o exercício da fé
Esta questão é bastante complexa. É algo que está diretamente ligado ao que, para você, significa Deus. Também está ligada aos valores por você construídos sobre a fé, Deus e a igreja, assim como a sua compreensão de mundo sob essas perspectivas.
Por exemplo, para certas pessoas, a igreja é primordial ao exercício da fé, pois é o lugar para onde vão quando buscam conhecimentos e quando querem se conectar mais profundamente com a sua religião.
Contudo, para outras pessoas que também acreditam em Deus, essa frequência não é essencial, pois elas estão ligadas a um outro nível de compreensão da fé.
Desse modo, podemos compreender que toda situação tem dois lados, e por isso é necessário que busquemos pelo equilíbrio entre esses lados quando decidimos discutir a respeito de qualquer assunto, mas principalmente quando discutimos assuntos que estão relacionados à religiosidade.
De que modo a fé interfere em sua vida?
Há uma série de aspectos inerentes à fé que interferem em sua vida. Esta interfere, por exemplo, no seu relacionamento com as pessoas que possuem a mesma crença e na forma como você consegue conversar com as outras pessoas.
Contudo, em qualquer relação, há, pelo menos, duas visões em jogo. Nesse sentido, quando discutimos sobre qualquer assunto de caráter religioso ou sobre o próprio Deus, é essencial que você tenha a capacidade de refletir sobre esses dois lados.
Essa reflexão deve servir como um meio de te ajudar a escolher se isto serve ou não para o seu contexto de vida. Por exemplo, se, por um lado, ir à igreja é algo positivo para exercer a fé para um certo grupo de pessoas, para outro pode não o ser.
Ou seja, a fé pode atuar na vida das pessoas de formas diferentes, a depender da forma como ela os foi apresentada. Nesse contexto, há uma outra questão a ser debatida: a maior parte das igrejas, em seu escopo, não trazem uma visão clara de um Deus grandioso para os fiéis.
O problema da redução da grandeza de Deus
Recentemente, estávamos lendo sobre uma questão teocrática relacionada à Santo Agostinho sobre o mau e a impotência de Deus de controlar o mau ou, ainda, sobre a conivência de Deus para com esse mau, sendo este responsável por essas situações, do ponto de vista desse autor.
E essa é uma questão interessante, pois entendemos que existe algo muito maior. É necessário refletir sobre a nossa concepção de grandeza de Deus, pois acreditamos que quando Deus é reduzido aos aspectos humanos, recaímos em um problema.
Em nossa concepção, esse tipo de redução é um fator que impulsiona as pessoas a deixarem de ter fé. Nesse sentido, acreditar em uma pessoa que parece ser tão humana quanto nós, abala a nossa fé.
Uma consequência disso é entender que esse Deus é responsável por algum tipo de punição para controlar esse mal. Contudo, do nosso ponto de vista, de pessoas que acreditam em Deus, essa redução não é benéfica em nenhum aspecto.
Os problemas pessoais relacionados a fé
Não são raros os casos de pessoas que, ao longo de sua vida, experienciam alguns conflitos internos sobre o que é, para elas, a fé. Há pessoas que, encantadas com Deus, tentam inseri-lo em uma “caixinha”.
São pessoas que foram dogmatizadas de alguma forma, mas, ao mesmo tempo que sofrem por não acreditarem nesse dogma, porque acham que estão fazendo algo errado, não possuem nenhuma preocupação em procurar o que seria o correto e acabam usando Deus para punir a si mesmas.
Contudo, essa briga interna sobre ter ou não fé, acreditar ou não em Deus, estar praticando ou não essa fé do jeito correto, são questões que estão diretamente relacionadas ao conhecimento.
Tudo isso está ligado ao quanto você conhece e se preocupa em conhecer Deus e todas as coisas relacionadas a ele. Logo, para que isso não ocorra, cabe a você buscar pelo conhecimento daquilo que é divino.
Os efeitos da fé na vida humana
Diante do exposto até aqui, convidamos você a refletir sobre qual é a importância da fé para as nossas vidas. Quando avaliamos um paciente com depressão notamos que a primeira coisa que falta é a fé, o acreditar.
A pessoa que não tem fé, que não tem no que acreditar, vai ficando apática. E isso em todos os aspectos da vida, não somente nos aspectos de Deus. Necessitamos de explicação divina para que sejamos capazes de lidar com todas as coisas que acontecem em nossas vidas, pois viver não é algo fácil.
Como Ariano Suassuna disse, “eu acredito, porque sem acreditar em Deus a vida não faz sentido e não tem graça”. Nesse contexto, há vários estudos científicos que demonstram que os sujeitos que possuem fé são melhores em alguns sentidos.
Além disso, entendemos que esta fé atua como uma espécie de combustível. É ela que nos movimenta e impulsiona a cada dia. Acreditar em alguma coisa e, na verdade, na vida, implica ter fé.
Acreditar que existe alguma coisa, ou melhor, alguém, que equilibra tudo e que tudo tem um porquê faz uma enorme diferença em sua vida como um todo. Tudo isso agrega a sua vida e traz novos tipos de perspectivas.
Isso faz com que você consiga enfrentar cada dia de uma maneira melhor, pois traz a capacidade de refletir e tomar decisões, traz um porquê. Portanto, tenha fé!