O QUE É A TANAH? O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ESTE LIVRO E QUAIS SÃO AS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS?

Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão que pode ser interessante para você que tem interesse nos estudos bíblicos ou que almeja praticar a sua espiritualidade por meio da leitura da Bíblia.

Como sabemos, o livro sagrado é dividido de algumas formas, de modo que cada uma de suas partes tem características muito próprias e que devem ser compreendidas com muita atenção a fim de que você possa entender a história que contam.

Por outro lado, compreender essa história é de vital importância para que você possa entender que a grandiosidade de Deus é refletida em tudo e em todas as coisas. Assim sendo, não é correto dizer que Deus escolhe os povos que irá salvar.

Embora um certo livro da Bíblia conte a história de um povo específico, como é o caso do Torá, que conta a história de Moisés e a libertação do povo israelita, a Tanah também irá contar a história de um povo específico.

A sequência lógica da Bíblia

Como afirmamos em nosso outro post, para que a Bíblia possa contar a história de um povo, ela parte de uma sequência. Essa sequência é refletida nos livros. Como sabemos, Moisés escreveu a Torá. A Torá, por sua vez, contempla os cinco primeiros livros da Bíblia.

A história que Moisés conta é sobre o povo que, hoje em dia, conhecemos como judeus e precisavam ser libertados da opressão do Faraó. Moisés conta como era a vida desse povo israelita no Egito, como ficaram isolados no deserto por quarenta anos até que chegassem à terra prometida, como as doze tribos foram divididas e quais eram as funções de cada uma dessas pessoas libertas.

Entretanto, não há dúvidas sobre o porquê de a Torá não estar na Bíblia com esse nome, uma vez que os cinco primeiros livros da Torá são o Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Eles são fundamentais.

Por que conhecemos os livros da Bíblia por outros nomes?

Na bíblia, conhecemos os cinco livros da Torá por seus nomes de origem grega. Contudo, na Tanah, sobre o qual iremos conversar hoje, esses cinco livros recebem outros nomes, pois a origem de cada um deles vem do hebraico.

O Gênesis, por exemplo, não é nomeado dessa forma, mas sim de Bereshit. Nesse sentido, quando pegamos o livro do Torá, geralmente, ele conta a história de um povo do ponto de vista da cultura hebraica.

Na sequência, iremos discutir um pouco sobre esses nomes e sobre a cultura a eles relacionada. Sendo assim, dando início ao assunto, algo que você deve saber é que a história não para em Moisés e nos cinco primeiros livros.

O povo israelita chega ao deserto, fica por quarenta anos e, depois, chegam à terra prometida e são divididos em tribos, mas não acaba aí. Entretanto, nesse primeiro momento, apresenta-se as regras seguidas por esse povo.

Atenção à linha temporal da Bíblia

Além dos aspectos aqui comentados, saiba que a Bíblia respeita uma linha temporal. Não se esqueça que embora a Torá foque nos israelitas, havia todo um mundo acontecendo ao mesmo tempo. Talvez Deus tenha feito pactos com outros povos, mas a história contada é a dos judeus.

Os dez mandamentos e as seiscentas e treze leis surgem nesse contexto. Aponta-se lá o que poderia ou não ser comido, o que poderia ser vestido, dentre outras regras contadas pela Torá. Também afirmamos no post anterior que a história da Bíblia não acaba nesses cinco primeiros livros.

Além disso, todos os demais livros dão procedência a essa sequência lógica que a Bíblia segue para contar a história de certos povos.

O israelita é um povo que sofreu muitas e muitas vezes e a sua história é registrada nesses primeiros cinco livros.

A história dos reis Davi e Salomão, a primeira queda de Jerusalém e a dos profetas são alguns dos muitos eventos registrados nos demais livros.

A história dos sacerdotes

A Bíblia em alguns de seus livros conta a experiência de alguns sacerdotes. Dentre as narrativas, há uma história famosa de uma criança que é prometida ao sacerdócio pela mãe.

Ele é separado dela e cresce nos templos aprendendo toda a organização daquele lugar. Entretanto, essa é apenas uma das muitas histórias retratadas pela Bíblia a partir dos seus livros. A Torá e a Tanah contam essas histórias que remontam a contextos históricos diferentes. Por exemplo, a Tanah conta essa história com base no Velho Testamento.

Quem organizou todos os escritos da Tanah não foi Moisés, mas outros profetas. Até o livro de Malaquias, temos profetas que se dedicaram a escrever sobre esses eventos. Aconteciam diversas situações tanto com os governantes, representados pelos reis, quanto com a população que ali habitava, de modo que essas eram registradas pela Tanah nos livros.

Nesse sentido, pode-se afirmar que o grande objetivo da Bíblia é o de contar a história dos povos diversos.

A composição da Tanah

A composição da Tanah é o que conhecemos como o velho testamento. Assim como a Torá, a Tanah também se inicia pelos pentateucos, a diferença entre os dois é que a Tanah também se constitui por outros livros além desses.

Dito isso, podemos compreender quais são os livros que compõem a Tanah. Após os pentateucos, tem-se os livros dos Profetas (registra-se aqui todos aqueles que podem ser considerados como profetas, os sujeitos que contam as próximas histórias). Além dos livros escritos por esses profetas relacionados a eventos que vivenciavam, há, também, os escritos de sabedoria.

Além disso, é de vital importância que você leve em consideração que, durante muitos anos, este livro não foi divulgado, pois não era permitida qualquer tradução sobre esses escritos específicos.

A parte da Bíblia a qual estamos nos referindo é a do Velho Testamento, escrita em hebraico. Há toda uma significação e simbologia que deve ser considerada.

As significações implícitas e explícitas na Tanah

Em razão desses livros terem sido escritos pelos profetas, esses autores empregam uma linguagem, bem como uma entonação específica para enfatizar certas significações. Certos significados visíveis e não visíveis estão marcados nesses livros, o que fez com que a tradução desses escritos demorasse muitos e muitos anos.

Contudo, isso caiu por terra e tais significações, com o passar das gerações, foram incorporadas na cultura cristã. O que você precisa saber sobre a Tanah é que esses eventos seguem a própria história da humanidade.

A segunda queda de Jerusalém também é contada por esses profetas, autores da Tanah. Também é fundamental que você recupere em sua mente aquela história das doze tribos divididas por Moisés.

Essas tribos brigam entre si, de modo que dez delas permanecem de um lado e duas se rebelam e abandonam este círculo social. Contudo, só temos contato com essas duas tribos específicas.

As disputas entre as doze tribos

Os conflitos entre essas tribos fizeram com que dez delas se dispersassem de tal forma que não conseguimos saber o que aconteceu com esse povo. Como a Bíblia enquanto livro sagrado parte do ponto de vista histórico e segue a uma sequência lógica, ela faz algumas escolhas.

A Tanah, por sua vez, registra tanto a primeira quanto a segunda queda de Jerusalém a partir dessa sequência lógica. Nesse sentido, muitos profetas, sobretudo Isaías, começa a falar sobre um sujeito chamado Messias.

Messias exerce um papel de suma importância, pois este seria o responsável por reconstruir Jerusalém. Seria, portanto, a terceira recuperação dessa terra específica. Há, aqui, a história do terceiro templo de Salomão.

Com isso, podemos pensar na segunda queda de Jerusalém. Alexandre, o Grande, exerce um papel fundamental nesse momento histórico. Precisamos entender quem é este e qual o seu papel na história.

O papel desempenhado por Alexandre, o Grande

Esta é uma figura muito emblemática e, dessa forma, muitos livros e filmes registram a sua história. A primeira coisa sobre a qual precisamos conversar é que com a chegada de Alexandre, o Grande, à Jerusalém, o templo de Salomão é destruído.

Além disso, como mencionamos, dez tribos já não estavam mais em harmonia com as outras duas, o que tornou o processo de devastação por parte de Alexandre mais facilitado. Assim sendo, ele levou grande parte desses eruditos para a Grécia.

Alexandre leva esses eruditos para a Grécia porque percebeu que o conhecimento desses era muito valioso, logo, desejou utilizar isso a seu favor. Os judeus possuíam uma capacidade intelectual muito grande, logo, não aproveitar esse saber seria, do seu ponto de vista, desastroso. Diante de tal influência, os gregos passam a entender os profetas como verdadeiros oráculos, tamanho era o seu conhecimento.

O conhecimento dos judeus

O conhecimento desse povo era tão valorizado que eram entendidos pelos gregos como um povo que transcendia. Eram entendidas como pessoas que estavam diretamente ligadas com o plano divino, logo, tudo aquilo que falavam era muito bem visto e, de certa forma, levado à sério.

Nesse sentido, esse povo desempenhou um papel de suma importância, uma vez que os seus escritos, ideias e percepções influenciaram toda a composição do Novo Testamento.

Podemos citar o exemplo de uma tese muito profunda sobre o que aconteceu com o popular Mar Morto.

Diante desse cenário, queremos chamar a sua atenção para o fato de que quando as pessoas usam trechos da Bíblia para atacar outras a partir do apego a versículos para comprovar as suas teses, sendo que esses, em muitas das vezes, são retirados de seu próprio contexto, há um grande problema que causa desentendimentos sobre a própria Bíblia.

A importância de se conhecer o contexto bíblico

A fim de que você possa tecer as suas próprias teses com base na Bíblia, é essencial tomar muito cuidado ao se utilizar os versículos. Eles não devem servir de base para qualquer tipo de ataque.

Além disso, podemos visualizar, por meio da Tanah, os pactos firmados pelo próprio Deus com os “pais da fé” até que fosse possível chegar no povo que conhecemos hoje como judeus. A história contada pela Tanah vai até o livro de Malaquias.

Além disso, é muito importante que você saiba que os judeus começaram a pregar a vinda de Messias, sendo que esse seria responsável pela terceira reconstrução da terra prometida, Jerusalém.

Essa ideia começou a ser propagada com muito afinco, de modo que a ideia se tornou muito popular e, assim, o povo passou a esperar pelo retorno desse Messias, responsável por trazer de volta a paz para aquele povo. Os pactos firmados por Deus com esses “pais da fé” são muito comuns.

Os pactos firmados pelo próprio Deus

Como vemos em nosso post sobre a história da Torá, em que um primeiro pacto foi feito com Abraão, todos os resultados desse pacto foram escritos por Moisés, que, desde o princípio, seria o responsável pela libertação do povo israelita da opressão que vivenciavam no Egito.

Entretanto, nem tudo eram flores, pois haviam muitos conflitos e nem todos estavam dispostos a seguir a fundo às regras impostas. Além disso, disputas por terrenos e outros aspectos eram muito comuns, o que fazia com esses povos estivessem sempre em conflito entre si.

As quedas de Jerusalém aconteciam porque não conseguiam cumprir as regras necessárias. Para esse povo, as quedas seriam um castigo do próprio Deus, mas, na verdade, eram um reflexo do próprio comportamento desse povo. Esta é a lei da ação que gera uma reação.

À medida em que esse povo fazia coisas erradas, os reflexos dessas más condutas eram refletidos em sérios problemas que levavam Jerusalém às quedas. Esse processo é chamado de interbíblico, pois há uma queda.

Além disso, há outros livros que foram escritos nesse mesmo período, mas não foram incorporados na Bíblia. Malaquias, enquanto último livro, representa essa ruptura. A Tanah, portanto, é organizada pelo povo judeu.

A língua é essencialmente a hebraica, embora seja possível encontrar esses registros também em aramaico. Contudo, o senso comum é a escrita em hebraico, livros organizados pelos judeus. Também temos dez tribos que a Bíblia parou de contar a história. Permaneceram Judá e Benjamin (porém, permanece apenas a tribo de Judá). Judá corresponde ao povo judeu.