Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão que é de suma importância para aqueles que buscam se conectar cada vez mais a Deus. Nesse sentido, torna-se relevante refletirmos sobre os aspectos que afastam e que distanciam uma pessoa de Deus, bem como sobre certos pontos positivos associados ao ato de nos colocarmos à disposição de alguém que nos ama e cuida de nós e de nossas vidas a cada dia.

Entretanto, muitas pessoas não permitem esse tipo de aproximação porque veem o ato de servir a Deus como algo ruim, de modo que, ao longo de nossa conversa, entenderemos um pouco mais sobre essas duas posturas, isto é, das pessoas que se colocam a serviço de Deus, aos seus ensinamentos e à missão atribuída por Ele a cada um de nós, bem como sobre o que faz com que um ser humano se recuse a isso.

Por que muitos afirmam que é inútil servir a Deus?

Para darmos início a nossa reflexão de hoje utilizaremos como base um trecho do Livro de Malaquias (3:14), que diz: “Vós tendes dito: inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos?”.

Posto esse versículo, julgamos que essa reflexão é uma boa forma de começarmos esta discussão, porque, quando as pessoas se pegam pensando sobre isso, questionam-se sobre servir a Deus. E é nesse sentido que passamos a pensar se é inútil servir a Deus ou, ainda, se há algum ganho nisso.

Essa é uma discussão que tem sido debatida com muito afinco pelos mais diversos religiosos. Há muitos que compreendem a religiosidade e o próprio poder de Deus como uma espécie de barganha, tendo a mentalidade de que, “se eu sirvo a Deus, logo, em troca, terei alguns benefícios”.

Contudo, posteriormente, vamos esclarecer que as coisas não funcionam assim. Dessa forma, pensemos um pouco nos alicerces que fornecem base para esse tipo de mentalidade.

Os alicerces que sustentam a mentalidade da servidão a Deus

Há alguns aspectos que fazem com que as pessoas com essa mentalidade não consigam compreender a servidão a Deus, e a ignorância, isto é, a falta de conhecimento, é uma delas, pois ela faz com que adotem essa postura mais hostil.

Pensemos também nas pessoas que reverberam esse processo como algo negativo e que não faz sentido. São pessoas que, antes de tudo, não conseguem imaginar Deus e a sua grandiosidade.

Assim, Este é minimizado, e até mesmo, em alguns casos, a instituição religiosa o minimiza em razão de seus dogmas apresentados na forma de imposições que, na maioria das vezes, são pessoais.

No entanto, todos esses aspectos podem fazer com que um indivíduo se distancie de Deus. É algo que acontece com frequência com os mais jovens que passam a viver um grande conflito interno: deixam de servir a Deus, porque passam a acreditar que não é algo útil.

Por que surgem as dúvidas e os questionamentos?

Os conflitos internos fazem com que muitas dúvidas e questionamentos quanto a Deus partam dos desacreditados. São sujeitos que, em muitas vezes, revoltam-se quanto a isso, em razão do conflito e, um dogma que passam a reverberar é que servir a Deus é como servir a uma instituição religiosa específica.

Esta, então, é uma das grandes variáveis que nos permitem refletir sobre esta pauta tão importante. Antes de tudo, é pertinente que discutamos sobre o que seria Deus. A partir disso, pensamos em nossa própria existência, isto é, no porquê de estarmos aqui e termos esta vida.

Surge então, um dos principais questionamentos: se Deus é tão grande, por que Este necessita que as pessoas sirvam a Ele? Todavia, quando passamos a nos permitir refletir sobre a grandiosidade de Deus, passamos a compreendê-lo como algo muito maior.

O conhecimento sobre Deus

À medida em que conhecemos profundamente Deus, conseguimos cada vez mais compreender a sua grandiosidade. E isso é importante, porque nos permite ter claro em mente o que seria Deus e, com isso, o nosso propósito de vida.

Esta é uma discussão longa, logo, não é possível que esgotemos a reflexão em apenas um único post, mas há aspectos gerais que devemos esclarecer para que entendamos a nossa própria missão de vida. É um processo complexo, pois envolve conhecimentos da área da Teologia, Filosofia e da própria História e Antropologia.

Contudo, o nosso objetivo aqui não é a discussão teórica sobre esses conceitos, mas sobre a grandiosidade divina. Como ressaltamos, é uma questão profunda que deve ser debatida com seriedade e em diversos posts, porém, aqui, o nosso intuito é que você compreenda Deus. É a partir do momento em que entendemos o nosso propósito de vida que compreendemos a Deus e a sua grandiosidade.

A importância do pensamento e da reflexão

A fim de que compreendamos qualquer coisa, é preciso que assumamos uma certa responsabilidade: pensar e refletir sobre essas questões. Se uma pessoa não tem inclinação para pensar e refletir, bem como para assumir certas responsabilidades que as fases da vida lhe incute, não é possível viver a vida de maneira plena e feliz.

Em relação à religiosidade, não basta ler a Bíblia e incorporar os ensinamentos como “regras”. A plenitude é muito mais do que isso. Há ali “regras” e “indicações” para que sirvamos a Deus ao longo de nossa vida.

Há uma ampla gama de condutas éticas e morais, assim como filosóficas. Todas irão lhe inserir em uma espécie de linha reta a ser percorrida.

Independentemente do que pensa ser certo ou errado, são regras. São normas que, na verdade, beneficiam a sua própria vida. Contudo, Deus é maior do que tudo isso.

O propósito em servir a Deus

A partir do momento em que entendemos que há um propósito em servir a Deus, isto não é questionado e se torna uma dádiva. Não é Deus que precisa que você o sirva. Isto deve ser natural, advir de sua essência.

Há uma discussão interessante sobre isso. O ato de servir não é uma imposição. É quando nos permitimos sermos servos. Há uma diferença entre o filho e o servo. O filho o faz por amor, porque quer.

O servo o faz porque, claro, é mandado, mas, acima de tudo, porque é o melhor para ele. Nesse sentido, quando destacamos a necessidade de servir a Deus, automaticamente, estamos nos referindo aos servos.

Os servos, por sua vez, entendem que aqueles desígnios são essenciais para que possam viver uma vida plena.

Esses desígnios permitem que você escolha os caminhos que irão permitir que você aprenda e evolua. Além disso, é preciso que pensemos que algumas situações negativas são necessárias.

Entenda as oportunidades da vida como possibilidades de crescer

Muitos não entendem que certas coisas na vida acontecem para que aprendamos com esses erros e acertos. É um processo essencial para que possamos evoluir enquanto seres humanos.

A evolução é algo que independe de uma série de fatores que utilizamos como pretexto para que permaneçamos inertes, como condições físicas, financeiras, intelectuais, materiais etc.

Há certos motivos para isso, para esta condição específica. Em outras palavras, podemos afirmar que há um propósito, mesmo que ele ainda não esteja claro para você. Este propósito, por sua vez, diz respeito à sua própria evolução.

Com isso, podemos refletir sobre o questionamento mais recorrente dessas pessoas que estão com dúvidas: vale à pena servir a Deus? Se você se pegou pensando nisso, com toda a certeza precisa refletir um pouco mais sobre o que falamos até esse momento. Deus não é algo que deve ser barganhado. Não precisa que alguém o sirva.

É você quem precisa de ajuda, não Deus

Algo que você precisa manter muito claro em mente é que Deus não precisa que nenhuma pessoa o sirva por obrigação. É algo que deve ser natural, não imposto. É necessário entender esses caminhos relacionados ao ato de servir, porque, como sempre apontamos, a lei da ação sempre gera uma reação.

Se você age de uma maneira positiva, os efeitos dessa ação serão positivos. O inverso também ocorre, pois toda ação gera uma reação na mesma proporção.

Dessa forma, a partir do momento em que você serve a Deus e está preocupado com os seus caminhos morais, éticos e corretos, a sua vida é beneficiada como um todo.

É um exercício complexo, pois, a cada dia, temos que trabalhar com o nosso ego e com a nossa capacidade de submissão. É preciso que internalizemos a ideia de que dependemos de algo muito maior e que é mudando que nós podemos ser felizes.

É você que precisa seguir a Deus de maneira espontânea e natural.

Adote as condutas morais e éticas de Deus

O principal desafio inerente a esse processo de compreensão de Deus, bem como de sua magnitude, é a adesão a certas condutas morais e éticas divinas. Isto é fundamental, porque é essa incorporação dos preceitos divinos que fará com que você consiga alcançar todos os seus objetivos.

Além disso, essa postura é essencial para que consiga entender um pouco mais sobre a sua própria vida. Salomão já nos falava que aquele que não é capaz de ter esse entendimento, não consegue alcançar a plenitude da vida, pois ainda são ignorantes.

A partir disso, percebemos que grande parte da nossa sociedade sofre desse mal: muitos são mestres e doutores, enfim, acadêmicos, estudam o tempo todo, especializam-se em uma certa área, mas são ignorantes em muitas outras áreas.

Desde as pessoas com muito dinheiro até aquelas com poucos recursos, desde o empresário até a pessoa mais humilde, a ignorância afeta a todos.

O que faz com que uma pessoa não compreenda Deus?

Há uma série de fatores que podem criar certas lacunas no cérebro de uma pessoa e elas impedem que esse sujeito consiga compreender, de fato, Deus, logo, não entendem a importância da humildade e servidão a algo maior, ou melhor, a alguém maior que tudo isso.

São pessoas que, em virtude de seu ego, não conseguem compreender e aprender com uma série de situações diárias. O que acontece aqui é que a pessoa que não consegue se conectar com alguém muito maior, não consegue enxergar com nitidez uma série de situações.

 

 

Além disso, deve ficar claro que aqui não estamos falando de uma religião específica ou mesmo de uma instituição religiosa específica, mas sim de Deus e de sua grandiosidade. Se você não tem conseguido se conectar com Deus, não acessará algo fundamental, que é a própria saúde mental.

Conexão com Deus

A partir do momento em que nos conectamos com algo bem maior que todos os nossos problemas, passamos a ter um propósito para viver a vida, o que é algo excelente para a nossa própria saúde mental.

Sem essa conexão, as pessoas não conseguem criar sinapses em seus cérebros, isto é, não conseguem estabelecer caminhos que lhes permitam compreender as mais diversas situações e aprender com cada uma delas.

Também devemos refletir sobre os aspectos que afetam uma pessoa que associa a servidão a uma instituição religiosa e não ao próprio Deus. Dentre as principais, tem-se a ideia recorrente de que Deus é aquele que pune e castiga os que não seguem os seus dogmas. No entanto, este nunca foi e nunca será o intuito de Deus.

Este é um dos fatores que têm distanciado as pessoas não apenas da religiosidade e da fé, mas do próprio Deus. Dessa forma, por fim, iremos apontar mais uma questão: se eu não servir a Deus, ele ficará bravo ou frustrado comigo?

Se você pensar um pouco mais sobre Deus e as suas condutas morais e éticas irá perceber que essas normas ou regras, como quiser chamar, nada mais são do que condutas que permitem que possamos viver uma vida muito mais feliz, logo, não são meros dogmas.

Se você entende, de fato, essas condutas, sem se preocupar com decorar códigos criados por humanos, a sua vida terá uma série de benefícios, pois é assim que funciona a lei da ação que gera uma reação.