O que faz com que a separação seja um processo muito difícil para a maior parte dos seres humanos? Como uma pessoa pode lidar melhor com o momento da separação de alguém?
Em nosso post de hoje iremos discutir sobre um fenômeno humano que é muito complexo para a maior parte das pessoas, sobretudo quando há a falta de um elemento essencial, a inteligência emocional.
Diante dessa dificuldade, ao longo desta conversa iremos discutir sobre os fatores ligados ao processo da separação, fatores esses que fazem com que a separação seja um momento difícil para muitas pessoas.
Embora esta questão possa parecer óbvia, convidamos você a refletir sobre o porquê é tão difícil separar daquelas pessoas que não nos fazem bem. Ao longo desta conversa, iremos apresentar os pontos que fazem com que esse processo seja difícil e, além disso, iremos apontar porque muitas pessoas não conseguem tomar decisões assertivas quanto a isso.
Encontrar novos caminhos não é algo fácil, uma vez que implica sair da zona de conforto e nem todos estão prontos.
Assuntos profundos demandam reflexões
Ao longo desta conversa, iremos esclarecer se a separação é sempre necessária, visto que, em alguns casos, há outras possibilidades que podem ser consideradas. Esses fatores devem ser entendidos para que possamos compreender as particularidades por detrás do processo de separação.
Esta é uma questão muito profunda e, dessa forma, algo que você deve levar em conta quando lidamos com questões profundas é que esta resposta não aparece sempre de forma repentina, pois tudo que é profundo leva tempo.
Os assuntos profundos levam tempo para serem refletidos, absorvidos e convertidos em ações práticas. É um exercício que demanda um trabalho de reflexão constante e diário. Todo conhecimento e vivência profundos demandam tempo. Esse é o primeiro processo que devemos levar em consideração quando pensamos sobre a separação e se ela é de fato necessária em nossa vida.
O trabalho diário e constante de reflexão
Para que possamos tomar decisões mais assertivas em nossa vida como um todo é de suma importância que trabalhemos diariamente com a nossa capacidade de reflexão. Nesse sentido, a fim de que possamos compreender o processo de separação, não podemos colocar todas as suas variáveis em um mesmo pacote.
Contudo, podemos refletir aqui sobre alguns tipos de fatores que evidenciam a separação para que você analise se está passando por esse momento. A primeira coisa que você deve levar em consideração é que durante toda a nossa vida passamos por uma série de separações e rompimentos.
Nem sempre queríamos isso, mas certos rompimentos são fundamentais. Um exemplo clássico que podemos citar é a separação daquele amigo de escola que durante muito tempo de nossas vidas foi uma pessoa fundamental e hoje sequer temos contato.
Exemplos de separação
É primordial que você saiba que a separação é inevitável quando os nossos destinos são muito diferentes daquela pessoa da qual hoje somos próximos. Um outro exemplo de situação desse tipo são aquelas relações amorosas marcadas por múltiplos términos.
Há, também, outros tipos de rompimentos, como a perda de entes queridos ou mesmo um casamento que chegou ao seu término. Não temos como impedir esses rompimentos e, além disso, eles se dão por uma série de motivos.
A própria vida motiva essa separação, contudo, diversas vezes, um sujeito opta por se separar de um outro. As rupturas existem porque a separação se ampara em uma série de situações. Nesse contexto, não podemos negligenciar o fato de que é mais fácil lidar com certos tipos de rupturas do que com outras.
Além disso, cada pessoa lida com essas rupturas de uma forma muito específica. Pensemos na complexidade da separação a partir de exemplos.
O processo de separação em exemplos
A separação de um colega pode ser, para muitas pessoas, mais fácil do que a separação de um ente querido. Assim como, a separação daquele colega nos primeiros anos do Ensino Fundamental I pode ser “mais fácil” do que a separação de um primeiro namorado.
Também devemos chamar a sua atenção para o fato de que relações nas quais os membros têm uma relação muito mais íntima e profunda podem ser mais difíceis de serem desfeitas, como é o caso de um casamento.
Além disso, é mais fácil se separar de alguém ou se libertar de uma situação quando há um cenário que lhe impulsiona a tomar esta decisão específica. A morte, por exemplo, está ligada a um tipo de separação que é muito mais difícil de se lidar, uma vez que não há nada que pode ser feito para impedi-la. A separação, nesse caso, em diversas vezes, se dá de forma brusca.
O que é necessário que você entenda sobre a separação?
Como a separação é um fenômeno complexo, há alguns fatores que você deve levar em consideração antes de tomar esta decisão. O nosso intuito é o de apresentar alguns subsídios que podem lhe ajudar a lidar com a separação de uma forma mais tranquila, isto é, a ter uma maior clareza quanto às situações que estão sob o seu controle antes que tome esta decisão.
Dessa forma, a primeira coisa que você deve entender é que a vida é uma constante e que nada é definitivo. A todo o momento estamos vivendo novas experiências e aprendendo com cada uma dessas situações, logo, desde que estejamos prontos, podemos mudar o curso de nossas vidas a qualquer momento.
Os aprendizados que a vida nos proporciona
Como a vida é uma constante, ao longo dela, sempre aprendemos com uma série de situações diárias. Somos transformados e renovados a cada dia, desde que nos permitamos a isso.
É preciso que a vida se movimente para que não nos prendamos naquilo que não mais nos faz bem. Todavia, é preciso que vivamos um ciclo de vida e não podemos pular nenhuma dessas etapas.
São esses ciclos que fazem com que possamos evoluir e aprender um pouco mais a cada dia. Entretanto, nenhum deles são definitivos, de modo que podemos terminar um quando alcançamos o mais alto patamar.
Além disso, um ciclo pode terminar porque ele não tem mais nada a oferecer. Um ciclo deve terminar para que você continue crescendo ou para que você possa alcançar certas coisas pelas quais veio a esse mundo. Nesse sentido, podemos afirmar que cada um desses ciclos têm as suas próprias motivações e razões.
A vida é feita de ciclos e nem todos são para sempre
Ao longo da nossa vida, percebemos que alguns ciclos terminam e outros duram durante toda a vida, porém, nem todos esses ciclos são benéficos e para sempre, logo, precisam ser encerrados para que você possa viver com mais qualidade de vida.
Entender esse contexto se torna simples quando passamos a identificar quais são as relações ou situações que não fizeram mais sentido e foram eliminadas ao longo de nossa vida.
Esse exercício demanda muita reflexão, sobretudo no que toca ao seu eu de muitos anos atrás. Analise quais eram os seus sonhos, quem eram os seus amigos, quais eram os seus objetivos e metas, dentre outras questões.
Após analisar as respostas direcionadas ao seu eu de dez anos atrás em comparação com o seu eu de agora, você perceberá que diversas pessoas passaram pela sua vida, porém, foram poucas as que permaneceram, sobretudo por muito tempo nela, e que possivelmente vão continuar.
É possível mensurar a dor de uma separação?
É de suma importância que você leve em consideração que cada caso é um caso, de modo que um tipo de separação que para você é muito doloroso, para outra pessoa pode não o ser, uma vez que a dor é uma questão muito relativa.
Além disso, diversos tipos de situações estão ligadas às ilusões que levaram a pessoa a depositar a sua fé em uma situação irreal. Toda pessoa que precisa se separar de alguém que é muito importante, provavelmente passará por um processo bastante doloroso, uma vez que implica o rompimento com alguém do qual foi muito próximo.
Como mencionamos, a dor provocada pela perda de um ente querido costuma ser muito forte para a maior parte das pessoas. Dito isso, podemos pensar nos fatores que fazem com que a separação seja ainda mais difícil para as pessoas ligadas a um certo perfil.
A separação e o ego
A dificuldade da separação costuma ocorrer, em sua maioria, por conta de nossos egos. Em muitas das vezes somos levados a acreditar que somos detentores de uma verdade absoluta que não pode ser refutada, o que nos insere em uma situação bastante complicada, visto que perdemos a nossa capacidade de discernimento.
O apego a certos hábitos e costumes faz com que a separação seja um processo difícil para as mais diversas pessoas que precisam se desapegar de uma situação antes corriqueira. Contudo, há os sujeitos que assumem que precisam se libertar de uma situação e trabalham a cada dia para isso.
Essas pessoas conseguem reconhecer o que não está funcionando bem e traçam estratégias para lidarem melhor com essa situação. Algo comum de acontecer nesse processo, é a percepção de “falsos amigos” ou melhor, amigos que não são, de fato, amigos, mas sim pessoas que pouco contribuem com a sua vida, ou então, que não querem seu bem.
O aprendizado com a separação
Embora o processo de separação seja doloroso e complexo, os benefícios são os mais diversos, uma vez que o aprendizado com essas situações fará com que ganhe uma maturidade muito maior.
A partir do cenário aqui apresentado, percebemos que a separação é um processo muito mais complexo do que podemos imaginar. Devemos chamar a sua atenção para o fato de que muitas pessoas se questionam sobre a necessidade dessa separação (muitos sequer aceitam que ela deve ocorrer).
É fundamental que você saiba que nada na vida ocorre por acaso. Sempre há um motivo para que um ciclo seja encerrado para que outro muito melhor possa ser iniciado. Além disso, a cada novo ciclo, novos sentimentos são colocados em voga, de modo que o desafio é aprender a lidar com essas novas sensações e emoções. Com esse aprendizado, podemos entender melhor as pessoas ao nosso entorno e nos amparar naquelas que importam.
A separação espontânea
A separação espontânea é um tipo de situação que tem as suas próprias peculiaridades. É o caso do sujeito que identifica que uma situação não faz mais sentido, isto é, que aquela relação é mais negativa do que positiva. Dessa forma, é a pessoa que escolhe se separar e se libertar daquela situação/indivíduo com o qual não mais se identifica.
Um relacionamento chega ao fim quando uma ou ambas as partes identificam que não têm mais tempo para se dedicarem a esse relacionamento específico, uma vez que os interesses e objetivos envolvidos são muito destoantes, de modo que não mais conseguem estar satisfeitos com aquela relação específica.
Nesse tipo de situação, a pessoa está procurando traçar um novo caminho. É, portanto, muito diferente daquela separação forçada.
Como lidar da melhor forma com uma separação?
Não há uma fórmula mágica para isso, porém, certas estratégias podem tornar esse processo mais tranquilo e assertivo para aquele que precisa lidar com qualquer tipo de separação, seja porque escolheu isto, seja porque foi forçado a se separar.
A morte é um tipo de perda que não pode ser comparada a nenhuma outra, visto que é um processo que não pode ser controlado de forma alguma. O que pretendemos demonstrar ao longo desta discussão é que a separação assume as mais diversas formas, de modo que o aprendizado com cada uma delas é particular a cada pessoa.
Contudo, a partir do momento em que entendemos que a vida é cheia de ciclos, conseguimos fazer escolhas mais coerentes, inclusive quanto às pessoas com as quais, de fato, queremos nos relacionar nesse momento específico de nossas vidas.
A vida não falha conosco, mas ensina situações que, por vezes, tentamos ocultar.
Em razão disso, é necessário que paremos para refletir sobre essas situações de separação, e o que elas têm a nos ensinar.