O que é a insegurança na adolescência? Como e onde a insegurança pode afetar a sua vida?

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Em nosso post de hoje iremos refletir sobre os efeitos da insegurança na vida de uma pessoa, com foco em um público específico, os adolescentes. Nesse sentido, ao longo da conversa, precisamos esclarecer de onde surge essa insegurança e porque ela atinge tanto os jovens.

Embora o nosso foco aqui seja essa fase específica da adolescência, pessoas em outros momentos da vida também podem ser afetadas com certos tipos de emoções desencadeadas pela insegurança.

Assim, algo importante que devemos frisar é que muitos adultos são inseguros porque não souberam lidar com a insegurança na fase da adolescência.

Dessa forma, a primeira situação que pode desencadear a insegurança é a busca pela aceitação em um certo grupo social. Na infância, o círculo social é muito restrito, porque convivemos com o núcleo familiar, porém, à medida em que crescemos, ele é expandido e surgem as pressões.

As pressões dos círculos sociais

A partir do momento em que a pessoa passa a viver uma vida para além do círculo familiar, ela passa a ter contato com perspectivas para além daqueles já vistas em seu núcleo familiar, o que pode desencadear a insegurança.

Na adolescência, ocorre um deslocamento, pois a pessoa deixa esse núcleo para experienciar um outro mundo. Dessa forma, é nesse momento que o indivíduo vivencia uma maior liberdade, porém, na mesma proporção, experiência uma série de conflitos consigo mesmo.

As pressões dos círculos sociais

Assim, nesta mesma fase, é muito comum que haja uma cobrança dos pais para que esse adolescente viva como um adulto.

Responsabilidades cobradas de um adulto são redimensionadas para este público, como a pressão por ter um emprego e mesmo aquela de ordem estética.

Por outro lado, há os que tratam esse adolescente como se ainda fosse uma criança, como se não devesse assumir qualquer responsabilidade, o que também é um erro.

Os conflitos na adolescência

Esta é uma fase marcada pelos mais diversos conflitos e pressões, sendo que podem desencadear diversas inseguranças que perdurarão durante toda a vida se não forem tratadas.

Os conflitos são recorrentes porque é uma fase em que há mudanças constantes relacionadas às formas de pensar e agir em sociedade. Também trata-se de um momento em que a pessoa deve enxergar que a sua vida não deve depender de uma outra, onde se tem as suas próprias necessidades e responsabilidades.

Além disso, há uma preocupação contínua em se encaixar em um modelo imposto pelo grupo social do qual faz ou deseja fazer parte.

Tais pressões acometem também os adultos, mas eles conseguem ter um discernimento maior para decidirem como lidarão com isso, pois já experienciaram mais situações que os adolescentes.

A intensidade na adolescência

Na fase da adolescência, vive-se cada situação de uma forma muito intensa. Atribui-se a tudo uma dimensão muito maior do que realmente é. Isto acontece porque, nesta fase, tudo é muito superestimado.

Esse é um dos grandes problemas que afetam os adolescentes.

Muitos acabam desenvolvendo sérios transtornos, como a depressão e a ansiedade, por não saberem como lidar com tais pressões. Os conflitos internos e as confusões de seu meio externo são fatores que impulsionam essas inseguranças.

Além disso, cumpre mencionar que muitos se tornam críticos, mas são críticas supérfluas. Muitos perguntam sobre tudo e querem saber sobre tudo, embora este não seja um comportamento exclusivo dos adolescentes.

Uma consequência disso é o alto nível de pressão que coloca sobre si mesmo para corresponder às expectativas das pessoas ao seu entorno, de modo que os julgamentos tóxicos se tornam comuns.

Os julgamentos na adolescência

Em virtude das pressões sociais sofridas por um jovem, ele as impulsiona pressionando os outros ao seu entorno, sobretudo quanto à aparência e ao “corpo perfeito”. Contudo, ele, ao criticar o corpo ou a aparência de outro, na verdade, está fazendo uma autocrítica sobre si mesmo.

Nesta fase, ele não entende que tudo é passageiro e que esse corpo faz parte de um processo em constante transformação. Quer que todas as suas expectativas e frustrações sejam sanadas de maneira imediata, o que potencializa as inseguranças.

Nesse contexto, as redes sociais têm sido muito cruéis, pois elas potencializam os julgamentos. Os indivíduos acabam filtrando mais as suas “inspirações”, contudo, elas são fictícias, pois as imagens vendidas nas redes, de felicidade, por exemplo, nem sempre são reais, mas eles se projetam em tais imagens e querem alcançar algo que sequer existe na vida real, o que aumenta, também, as inseguranças.

O poder negativo das redes sociais

Muitos têm julgado o próximo, sobretudo por meio das redes, porque não são capazes de refletir e pensar de forma crítica sobre aquilo que consomem, escutam e leem. Assim, quando não se tem know-how, isto é, conhecimento suficiente sobre uma questão, esses indivíduos passam a fazer críticas vazias.

A preocupação é sempre em julgar o próximo. Dessa forma, como esses adolescentes não param para refletir sobre o funcionamento da própria sociedade, não têm discernimento algum para se adaptarem a ela de uma forma saudável.

O poder negativo das redes sociais

Assim sendo, muitos têm sido cada vez mais imaturos, pois lhes falta inteligência emocional para que saibam lidar com as situações da melhor maneira possível, com vistas a superar essas inseguranças.

Ao propormos cursos de desenvolvimento pessoal, temos observado que há uma taxa muito alta de sujeitos que tomam remédios para que consigam controlar a ansiedade, a depressão e outros transtornos.

Por que os adolescentes têm ficado dependentes de remédios?

Ao conversarmos com esses adolescentes, percebemos que essas pessoas tomam os remédios porque não conseguem lidar com as inseguranças sem esse auxílio. Também foram muitos os relatos de adolescentes que já tentaram suicídio ou que já pensaram pelo menos uma vez em recorrer a isso para sanarem os seus problemas e inseguranças.

É preciso tomar certos cuidados quando se fala sobre insegurança porque podemos impulsioná-las através da medicamentação como solução. A situação é problemática porque é como se estivesse virando uma “febre” medicar crianças e adolescentes.

Pais e professores incentivam esse uso para que a criança ou o adolescente não desenvolvam um certo tipo de comportamento que se considera inadequado.

Podemos citar como exemplos as crianças que não se interessam por uma matéria e ficam “distraídas”. Recorre-se, então, aos medicamentos.

A superestimação de uma criança/adolescente

Muitos professores incentivam a medicamentação dos alunos pela “falta de interesse” em uma ou mais disciplinas, mas o que ocorre é que não levam em consideração que esses alunos podem ter outros interesses e inclinações.

Contudo, o problema não se restringe apenas ao contexto da sala de aula, uma vez que o profissional, que deveria ter um filtro maior para decidir se a medicação é ou não necessária, acaba impulsionando e fomentando essa prática que tem virado uma “febre”.

Remédios como a Ritalina têm sido receitados com muita frequência. A cultura da medicação é incentivada porque muitos pais não sabem como lidar com os “filhos distraídos” e, assim, veem nessa alternativa uma solução.

E isto acontece com muita frequência, principalmente com os filhos que têm um bom desempenho em disciplinas específicas e, ainda, com aqueles que preferem as atividades extracurriculares em virtude daquelas comuns, desempenhadas em sala de aula.

A modulação de um comportamento

Diversos pais e até mesmo professores amparam-se nos medicamentos para que o comportamento de uma criança ou adolescente seja modulado, de modo que não são raros os casos em que se incentiva a medicação para que os alunos/filhos fiquem “quietos”. Pensemos um pouco nas consequências dessa medicação precoce.

As crianças que são medicadas desde cedo, quando chegarem à fase da adolescência, não conseguirão criar sinapses suficientes para que consigam trabalhar com as suas inseguranças diariamente.

As crianças, então, acabam tendo o seu comportamento modulado durante toda a vida, de modo que não conseguem ter um discernimento significativo ao passarem para a fase da adolescência.

Não somos contra a medicação, mas é nosso papel fazer esse alerta para que outras alternativas sejam levadas em consideração a fim de que esses adolescentes sejam capazes de lidar com as inseguranças.

Como a insegurança pode afetar a vida de uma pessoa?

Embora já tenhamos falado um pouco sobre esses efeitos na introdução deste post, pensemos um pouco mais sobre como as inseguranças, caso não sejam tratadas com a devida seriedade, podem afetar a vida de um ser humano e a sua construção de sinapses.

A vida desse adolescente como um todo pode ser afetada se ele não é conduzido a lidar com aquilo que lhe aflige desde cedo. A falta de resiliência pode fazer com que essa pessoa que tem sofrido veja o suicídio como uma alternativa.

Como a insegurança pode afetar a vida de uma pessoa

Além disso, muitos crescem sendo amparados pelos pais em todas as suas decisões, de modo que não estão preparados para lidarem com os “nãos” da vida, o que é, também, um gatilho para toda essa insegurança.

Seja esse “não” advindo de um relacionamento, seja uma nota ruim, seja o mal desempenho em uma entrevista de emprego, essa pessoa não consegue lidar com a situação negativa, o que pode gerar mais inseguranças.

A crescente na taxa de suicídios de adolescentes

Posto o contexto acima, é oportuno destacar que tem crescido cada vez mais o número de adolescentes que têm se suicidado porque não sabem lidar com as adversidades da vida. A falta de resiliência faz com que essas pessoas vivam sempre pelo imediato, de modo que não pensam e refletem antes de agir.

A crescente na taxa de suicídios de adolescentes

Grande parte dos adolescentes não pensam nas consequências de seus atos, de modo que passam a viver uma vida com a qual ao menos se identificam.

Muitos acabam adotando certas condutas danosas, pois se perdem na marginalidade e na violência, vivendo em estado de vulnerabilidade social.

Esses atos são provenientes da insegurança. O principal desafio é não recair nesse tipo de situação, porém, sem a reflexão é difícil de se desviar daquelas condutas que fazem mal. Contudo, devemos alertar que não podemos reduzir todos os adolescentes a essa situação, pois cada caso é um caso.

As pessoas que se preocupam com provar algo para alguém

Algo que sem dúvidas gera diversas inseguranças é a “necessidade” de provar algo para alguém. Além disso, deve-se mencionar que essas pessoas, por terem essa “necessidade” acabam dispensando muito de seu tempo julgando o próximo, o que é algo muito danoso para a sua saúde e para a sua convivência com as outras pessoas.

Dessa forma, o principal desafio é o de amar o próximo como a si mesmo, porque, dessa forma, o julgamento é substituído pela empatia e pelo respeito, não apenas ao próximo, mas a si mesmo.

É na medida em que nós passamos a nos aceitar de uma forma melhor, que aprendemos a nos amar e vivemos uma vida mais plena e feliz.

Tomando esses cuidados, nossos parâmetros de julgamentos diminuem, pois somos capazes de olhar para as pessoas ao nosso entorno de uma forma mais humana, assim como para nós mesmos. É preciso que adotemos uma mentalidade mais coerente.

De onde vem a insegurança e como é possível lidar com ela?

A insegurança advém de uma série de lugares. Um dos pivôs para isso é o fato de que as coisas más resolvidas durante toda a nossa vida acabam nos impedindo de evoluir e de chegarmos à vida plena e feliz que tanto almejamos.

Todavia, a fim de que você possa alcançar esse padrão de vida, é preciso trabalhar de maneira contínua com o seu ego. O ego inflado é um elemento que causa toda a insegurança de uma pessoa, pois não sabe lidar com situações mal resolvidas.

De onde vem a insegurança e como é possível lidar com elaAs pessoas que têm o ego inflamado, na verdade, têm medo de admitir que precisam lidar com um dado problema e, na verdade, têm preguiça de serem protagonistas de suas vidas.

Os defeitos interiores com os quais deveria aprender a lidar são deixados de lado por essa pessoa que tem o ego inflamado.

Por isso, a nossa missão de vida é a de buscarmos dentro de nós fórmulas que nos permitam amenizar todas essas inseguranças a cada dia. Esse deve ser um exercício constante.

É preciso que tenhamos clareza mental para que saibamos lidar com essas situações, buscando amar a nós, assim como ao próximo, a fim de desenvolvermos a empatia e o respeito com todos e, acima de tudo, conosco.

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