Como um cientista pode acreditar em Deus? Uma pessoa que acredita em Deus e em seus princípios pode ser um cientista?
Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão que chama a atenção de muitas pessoas e que entendemos como essencial para compreender que o conhecimento, mais especificamente o conhecimento científico, não impede que tenhamos fé em Deus.
Sabemos que o conhecimento e a fé são duas coisas muito importantes para a constituição do ser humano. O conhecimento é um dos maiores bens que possuímos e que devemos buscá-lo a cada dia, pois é ele que faz com que saibamos como nos posicionar e lidar da melhor forma com as diversas situações que a vida exige.
E assim como o conhecimento, a fé também é um elemento essencial em nossas vidas, pois faz com que tenhamos algo em que acreditar, e isso pode nos ajudar a nos tornarmos pessoas melhores e mais felizes com nós mesmos.
Contudo, há quem ainda acredite que produzir ou receber o conhecimento pode ser algo que lhes distancia de Deus. Mas será que isso é verdade? É sobre isso que iremos esclarecer neste post.
A relevância das explicações teológicas
A fim de que possamos entender como a religiosidade, a fé e Deus podem coexistir com a ciência, é preciso que busquemos por uma base teológica, filosófica e religiosa sólida.
Nesse exercício, convidamos você a refletir junto a nós sobre questões vitais a vida humana, como a própria saúde, a religiosidade, a fé, dentre outras.
Temos como objetivo fazer com que você cresça muito mais enquanto ser humano. A partir dos ensinamentos bíblicos e védicos, temos o intuito de trabalhar com você a coexistência entre ciência e religião.
Há várias religiões e, com isso, diversos Livros Sagrados que contêm poderosos ensinamentos que podem tornar a nossa vida muito melhor, leve e feliz.
Posto isso, queremos refletir sobre outra questão: quanto mais uma pessoa conhece, compreende e vive esse Deus, mais ela tem a conhecer e compreender.
A importância de algumas discussões
Há algumas questões que nós entendemos como vitais e que precisam ser discutidas em algum momento de nossas vidas, como, por exemplo, a fé, a religiosidade, a saúde, a ciência, a razão e a filosofia.
Todos esses aspectos são essenciais para que estejamos aptos a saber o que é, de fato, o conhecimento. Embora essas pautas sejam extensas e gerem discussões muito amplas e profundas, elas são cruciais para que você possa crescer cada vez mais.
Assim sendo, quando você se permitir se aprofundar em todos esses assuntos e entender como eles estão ligados e a importância deles em sua vida, com toda a certeza irá crescer.
Portanto, iremos iniciar essa discussão com uma observação interessante: a mente do cientista a cada dia o impulsiona a busca por mais respostas.
A conduta científica
Aqueles que se dedicam às atividades de cunho científico ficam muito envolvidos com a busca por respostas, uma vez que a pesquisa científica incentiva esse tipo de conduta.
Nesse sentido, quando falamos sobre o desenvolvimento de uma pesquisa, automaticamente, a relacionamos com a capacidade de buscar por respostas que solucionem problemas.
Por conta disso, na medida que os anos vão passando, a mente do cientista, por estar sempre em contato com esse tipo de atividade passa a ser mais sistematizada e a procurar por métodos e ferramentas que permitam a busca por tais respostas.
E é exatamente por possuírem esse tipo de conduta, que sempre procuram respostas racionais para tudo, que muitos cientistas, editores de revistas científicas e produtores desse tipo de materiais, acabam se tornando alvos de algumas críticas relacionadas à fé em Deus.
As críticas aos que se envolvem com o conhecimento
Algumas pessoas questionam a prática da fé em virtude do envolvimento com as atividades científicas. Diversas dessas pessoas se questionam: como é possível ter fé sendo um cientista?
Acreditam que não é possível para uma pessoa que tem fé em Deus se envolver com essas atividades. Por outro lado, outros ficam curiosos quanto à possibilidade de um cientista ter fé quando a sua postura pende para a razão o tempo todo. Então, iremos esclarecer as dúvidas dessas pessoas quanto à racionalização da fé.
Ao longo de toda a história da humanidade, houve vários filósofos que discutiram sobre esse assunto, porém, até hoje, a racionalização gera espanto, porque agora se tem o homem como centro de tudo e a fé como algo distante e até mesmo alienante para algumas pessoas.
A ciência afasta o ser humano da fé em Deus?
Não! Iremos esclarecer alguns pontos importantes. Embora os cientistas, de fato, sempre busquem por explicações para os mais diversos fenômenos que afetam a vida humana, não significa que eles não têm fé ou que não reconhecem a existência da fé, mas sim que olham para esse fenômeno, como para qualquer outro, do ponto de vista da razão.
Pelo fato de a filosofia explicar fatos sobrenaturais, muitas pessoas acreditam que isso afasta os indivíduos de Deus. Contudo, esse ponto de vista que iremos reiterar, e que é compartilhado por diversos colegas cientistas, aponta para o fato de que isso apenas ocorre porque, ainda hoje, não há uma verdadeira compreensão de Deus.
Nesse contexto, queremos chamar a sua atenção para o fato de que, em razão da falta de compreensão de Deus e dos seus grandes feitos, muitas pessoas acabam reduzindo a sua grandiosidade a coisas mundanas.
Consequências de se reduzir o poder de Deus
Com essa redução, os indivíduos acabam recaindo em uma tendência que é muito negativa. E esta tendência é repercutida nos mais diversos contextos.
Estamos nos referindo ao fato de que muitas pessoas tomam uma verdade como absoluta e, dessa forma, não se permitem conhecer um pouco mais sobre os fenômenos que as afetam ao longo de toda a sua vida, por verem o conhecimento como algo ruim e que as distâncias da fé.
No entanto, entender tudo como uma verdade absoluta impede que você tenha a mente aberta. Se formos fazer uma analogia, podemos entender que esse tipo de sujeito, que não tem uma verdadeira compreensão de Deus e que não admite qualquer contato com o conhecimento que não seja “adequado”, acaba reduzindo a própria imagem de Deus a um ser “pequeno” que briga com as pessoas e coloca a humanidade debaixo de seus pés.
E tudo isso porque ele não é capaz de aceitar os conhecimentos de caráter científico que estão relacionados à própria evolução da humanidade.
De que forma a ótica divina é tratada pela ciência?
Nós, enquanto cientistas, temos a missão de compreender o mundo que nos cerca. Dessa forma, entendemos a fé, a religiosidade e o próprio Deus de um ponto de vista histórico, antropológico e, também, racional, mas o nosso intuito não é o de reduzir Deus e o seu poder.
Acreditamos que abaixo de Deus, e sobre a sua tutela, há pessoas e fenômenos e, para todos eles, há uma explicação. Foi o próprio Deus quem os criou, então entender as coisas divinas não deveria ser um problema.
Também acreditamos que “nenhuma folha cai sem a permissão de Deus”. Deus é tão grande que criou tudo que temos ao nosso dispor. A natureza do ser humano, a sua individualidade e a própria ciência são fenômenos criados pelo próprio Deus.
Assim sendo, se Deus é dono de tudo, ele tem conhecimento para explicar tudo aquilo que criou.
Portanto, cabe, a nós, para entendermos essas coisas grandiosas criadas por Deus, buscar por esse conhecimento.
Devemos compreender a mente de Deus?
Querer compreender a mente de Deus é algo completamente impossível, uma vez que não conseguimos compreender nem ao menos a nós mesmos.
Quase nenhum indivíduo consegue chegar à totalidade do autoconhecimento e da compreensão dos comportamentos de todos os indivíduos e grupos sociais, logo, não seria possível compreender algo tão profundo e grandioso como a mente de Deus.
Temos, então, que ter consciência acerca de nossa insignificância e a consciência de que, a cada dia, temos que trabalhar com o nosso ego. Ambas as posturas podem fazer com que tenhamos acesso a pequenos fragmentos que permitem que conheçamos melhor e que tenhamos uma noção maior acerca da dimensão de Deus.
Se você compreender a Deus como totalizador e entender que ele tem uma razão para tudo, certamente você será uma pessoa mais leve e muito mais rica de conhecimento.
Proveitos do conhecimento
Novamente, chamamos a sua atenção para o fato de que Deus criou todas as coisas e, enquanto totalizador desse conhecimento, para tudo há uma explicação. Não compreender as coisas criadas por Ele é uma forma de reducionismo.
Se você reconhece os benefícios em se permitir compreender e produzir conhecimento, você certamente será uma pessoa mais leve e feliz. Será uma pessoa mais rica, pois, com o acesso a esse conhecimento, conseguirá compreender esses fragmentos de Deus.
Assim sendo, com o ego sob controle, você conseguirá produzir conhecimento e tornar possível, para outras pessoas, o acesso a esses fragmentos de conhecimento.
Você irá se tornar uma pessoa muito mais sábia e, dessa forma, irá se fundir com esse conhecimento. Ele fará parte da sua vida. Contudo, isso apenas será possível se você parar de brigar por coisas que não fazem sentido.
Por que devemos evitar brigas por questões religiosas-científicas?
O ato de brigar é muito corriqueiro na vida de um ser humano, porém, ele é bastante negativo. As brigas são naturalizadas porque fazem parte da mentalidade primitiva do ser humano, pois acreditava-se que tudo deveria ser resolvido sem diálogo, com base apenas na força.
Historicamente, as pessoas sempre estiveram preocupadas com brigar com aquilo ou aquele que é diferente ao invés de procurar compreender o diferente.
Há uma diferença muito nítida em rechaçar o outro tão somente porque ele é “diferente” e compreender o outro e a sua “diferença”. Nesse contexto, a compreensão, em primeiro lugar, apenas pode ser conquistada a partir da busca pelo conhecimento.
Além das leituras, as experiências e vivências também fazem com que você tenha acesso a esse conhecimento, e ele nunca se esgota.
O conhecimento que nunca se esgota
À medida em que nos permitirmos compreender o conhecimento, estaremos menos preocupados com julgar as pessoas e as suas atitudes em todo e qualquer momento. Com isso, passamos a viver, de fato, a nossa própria vida, tornamo-nos protagonistas dela.
Um poderoso ganho com esse exercício é viver uma vida que nos permite nos libertar de uma série de preconceitos que só fazem mal à sociedade, pois não fazem sentido algum. É apenas nos abdicando do exercício de julgar que poderemos alcançar esse patamar para estarmos cada vez mais próximos dos fragmentos de conhecimento que nos foi concedido por Deus.
Manter isso em mente é muito importante pois, dessa forma, passamos a entender que tudo aquilo que imaginamos e conhecemos é muito maior do que imaginávamos. Assim sendo, quanto mais conhecimento nós temos, mais temos a certeza de que há muito mais a ser descoberto ao longo de toda a nossa vida.
Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como amas a ti mesmo!
Como dissemos anteriormente, é apenas quando nos permitimos compreender o conhecimento que somos capazes de parar de julgar as outras pessoas e nos libertar de uma série de males que nos impedem de nos aproximarmos de Deus.
Mas além disso, algo fundamental, e que nos aproxima de Deus cada vez mais, é amar a Ele acima de tudo e de todas as coisas. Amar o próximo como você ama a si mesmo também é fundamental para que você esteja próximo dos fragmentos de conhecimento deixados pelo próprio Deus.
Devemos tomar cuidado para que não reduzamos Deus e o seu poder a coisas pequenas, como revoltas, como um Deus que está sempre punindo alguém. Ele é muito mais do que isso, ou melhor, Ele não é isso.
Se nos permitirmos compreender esses fragmentos, teremos acesso a respostas sobre o mundo a nosso entorno, o que nos aproxima, também, Dele. Com isso, seremos capazes de amar um pouco mais aqueles que são uma manifestação do poder divino.