Em nosso post de hoje temos como objetivo introduzir a você alguns dos muitos benefícios em amar ao próximo, pois, como sabemos, embora não seja uma tarefa fácil, à medida em que nos permitimos amar outra pessoa como a nós mesmos, deixamos a nossa capacidade de julgar o outro e passamos a acolhê-lo.
O desafio aqui é substituir essas atitudes negativas por aquelas mais respeitosas e empáticas e isso apenas pode se dar quando amamos o próximo. O amor ao próximo é um dos ensinamentos cruciais ao qual devemos nos ater diariamente.
Isso é essencial porque o amor ao próximo permite que possamos colocar em prática todos os demais ensinamentos, pois, quando amamos ao próximo como a nós mesmos, fazemos tudo aquilo que gostaríamos que fosse feito conosco, destacando-se, nesse processo, o respeito, o acolhimento e a empatia para com essas pessoas.
Amar ao próximo e os seus desafios
A depender da forma como uma pessoa se relaciona com outros indivíduos, o ato de amar o próximo pode não ser tão complexo e difícil de ser colocado em prática, porém, por outro lado, a prática constante deste ato é algo bastante difícil.
Todavia, se pararmos para refletirmos a fundo sobre o porquê de toda essa dificuldade perceberemos que, na verdade, o amor ao próximo exige muito mais de nós do que acreditamos.
A Bíblia já nos fala que devemos “amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”. Contudo, é fundamental que antes de pensarmos em amarmos outras pessoas, é necessário que alguns pontos sejam esclarecidos.
Estamos nos referindo ao amor próprio. Esse exercício por si só não é nada fácil. Sendo assim, essa questão nos redimensiona a pensarmos sobre outra elementar: será que temos reconhecido os nossos defeitos?
Será que somos capazes de olharmos para nós mesmos? Será que nos preocupamos com a nossa saúde, com o nosso bem-estar, aparência e outras questões?
Estamos nos preocupando com nós mesmos?
Além dos pontos ressaltados, será que estamos nos preocupando com o nosso nome e a nossa identidade? Será que temos prezado pelo amor próprio ao adentrarmos nas diversas relações cotidianas?
Será que nos amamos do jeito que nós somos ou ficamos procurando por todos os pontos negativos em diversas áreas de nossas vidas para nos culparmos? Todas essas questões farão com que você perceba se tem se preocupado ou não com você ultimamente.
Saiba que você somente poderá amar alguém se antes você souber se amar. Assim, se a sua resposta foi positiva para todas as questões, podemos adentrar em um segundo patamar. Estamos nos referindo ao amor a outra pessoa.
O que significa amar o próximo
É fácil amar aquelas pessoas que nos amam, pois respeitam as nossas decisões. Contudo, quando esse próximo assume características com as quais não nos identificamos, recaímos em um problema.
Porém, deve ficar claro que para amar outra pessoa não é preciso conviver necessariamente com ela. Também não significa que você deve compactuar com tudo aquilo que o próximo expressa.
Você não precisa agir da mesma forma que essa pessoa. Amar o outro, na verdade, significa o reconhecer como uma partícula do próprio Deus. Não se esqueça: o outro existe porque o próprio Deus permitiu.
Ele existe e tem essa composição porque Deus o criou. Se essa pessoa está viva, é porque Deus tem um plano para ela, uma missão de vida.
Não julgue o plano de Deus para o outro
A partir do exposto, percebemos que não somos ninguém para julgarmos os planos de Deus para uma pessoa. Não somos nós quem devemos palpitar sobre isso. Não cabe a nós, sobre esse plano, apontarmos o que é ou não correto.
Além disso, se na maior parte de nossas vidas, não somos capazes de amarmos a nós mesmos e, com isso, não reconhecemos os nossos defeitos, não cabe a nós julgarmos ao próximo.
Amar a nós mesmos significa termos a capacidade ligada ao aprendizado sobre as nossas próprias limitações e defeitos. A própria Bíblia já nos insere nesse desafio, pois aponta que é preciso que você “compreenda a ti mesmo”.
Quando você se torna capaz de se reconhecer, os benefícios são múltiplos, uma vez que quando você passa a se aceitar, começa a evoluir nas mais diversas áreas de nossas vidas.
A evolução nada mais é do que uma escada que possui vários degraus que devemos escalar nessa longa jornada.
A escada da evolução humana
Os degraus dessa escada estão ligados a nossa capacidade de compreendermos a nossa vida como um todo e os seus principais desafios.
Algo poderoso nesse exercício é que somos capazes de reconhecer os nossos defeitos, porém, o exercício não acaba aí: nos tornamos aptos a trabalharmos com esses defeitos, o que nos permite escalarmos mais um degrau dessa escada da evolução.
Além disso, ao longo dessa evolução, a nossa tarefa é fazer com que esses defeitos, a longo prazo, se transformem em virtudes.
Quando reconhecemos a nós mesmos, os nossos defeitos e qualidades, criamos certos gaps emocionais. São gaps relacionados a nossa existência como um todo.
O benefício disso é que nos tornamos pessoas mais autônomas e felizes, o que nos torna aptos para lidarmos de uma forma mais humana com as pessoas com as quais temos contato ao longo de nossas vidas como um todo.
A felicidade e as suas consequências
A partir do momento em que passamos a praticar esse exercício, somos capazes de experimentar a felicidade diariamente.
Além disso, passamos a nos relacionar de uma forma melhor com as outras pessoas, pois deixamos de falar ou agir de uma forma que não gostaríamos que acontecesse com nós mesmos, isto é, tornamo-nos mais empáticos.
Com essa capacidade, conseguimos ter relações mais saudáveis e passamos a ocupar espaços com os quais nos identificamos. Reconhecemos aquilo que é importante para nós mesmos e os espaços que irão permitir essas relações saudáveis.
Quando você age dessa forma, o amor ao próximo se torna automático.
A partir do momento em que você reconhece a si mesmo e passa a trabalhar diariamente com essas “falhas”, torna-se mais apto a entender que o outro também passa por uma série de dificuldades. Toda e qualquer pessoa enfrenta uma série de batalhas.
Os desafios da vida humana
A partir do momento em que chegamos a esse mundo e passamos a vivenciar uma série de experiências a partir do contato com múltiplas pessoas e situações, passamos a lidar com os mais diversos desafios.
Assim, reconhecendo que todos temos os nossos desafios a enfrentar, passamos a desenvolver empatia para com o próximo. Esta empatia nos permite visualizar que o próximo, ao longo dessa vida, tem muito com o que aprender, assim como nós.
Todos nós estamos em um nível de evolução muito específico, mesmo que algumas pessoas progridem mais do que as outras em uma certa etapa da vida. Contudo, quando falamos sobre evolução, é preciso que fique claro que a grande questão não é uma pessoa que evolui mais ou menos.
Todos nós evoluímos de uma certa forma e em um momento específico. Dessa forma, é importante que saibamos respeitar o momento e o processo de evolução cada um, uma vez que também possuímos o nosso.
Antes de amar ao próximo precisamos amar a nós mesmos
Não é possível que amemos a qualquer outra pessoa sem que tenhamos esse respeito e empatia com as nossas próprias limitações que, se trabalhadas, podem ser transformadas em virtudes.
Algo importante que não poderíamos deixar de mencionar é que se você não ama a si mesmo, todos os seus gestos de caridade não serão verdadeiros, porque você não estará disposto a olhar, de fato, para essa pessoa que precisa de ajuda.
Também deve saber que esse tipo de caridade estará ligado a uma mazela que carrega dentro de si mesmo. Pensemos em um exemplo. Haviam duas irmãs que não se falavam faziam vinte anos, pois uma delas odiava a outra.
Durante esse tempo, as duas casaram e criaram uma família, mas por conta do ódio uma dessas irmãs não pode presenciar nem o crescimento dos próprios sobrinhos. Por outro lado, essa mesma irmã era muito religiosa, de modo que os seus joelhos eram calejados de tanto orar.
Ela se dedicava a sua igreja de uma maneira até demasiada, fazendo caridades, entretanto, essas caridades eram realizadas como forma de tentar sanar essa falha dentro dela, que ela não conseguir perdoar a sua irmã e se reconciliar com ela.
A capacidade de perdoar
Considerando o nosso exemplo anterior, embora uma das irmãs fosse muito ligada à religião, uma das virtudes mais incentivadas, o perdão, não foi praticada por esta pessoa, de modo que odiou a irmã por vinte anos.
Algo curioso na postura dessa irmã é que para tentar encobrir essa falha que, na verdade, era algo que a incomodava, mesmo que não se permitisse perdoar, ela se dedicava muitas horas à igreja.
Percebemos, então, que essa pessoa queria sanar as emoções negativas que estavam armazenadas dentro de si, emoções essas com as quais não conseguia lidar, por meio de gestos de caridade.
Contudo, embora essa irmã fizesse caridade, o que é considerado uma boa ação, ela não deveria ser realizada como um modo de tentar sanar as falhas internas, mas sim como um modo de auxiliar o próximo, e por isso só deveria ser realizada após tratar essas questões, perdoando, antes de tudo, a si mesma.
Pois amar o próximo é respeitar o próximo como a si mesmo!
Quando me torno capaz de auxiliar o próximo?
Apenas podemos nos comprometer a ajudar o próximo quando nos tornarmos aptos a lidar com nossos próprios problemas, pois, antes de qualquer coisa, devemos ajudar a nós mesmos.
Ou seja, precisamos evoluir primeiro para que possamos ajudar o outro em sua jornada.
Não adianta retirar as suas vestes e fornecer ao outro para que ele não passe frio apenas para se sentir melhor quanto a isso, ou para sentir a sensação de “dever cumprido”.
Esse tipo de atitude aponta para a necessidade de fortalecer o próprio ego, pois não faz a caridade para ajudar o outro, mas para ser visto como uma boa pessoa e ser recompensado por isso.
No entanto, amar o próximo, antes de qualquer coisa, significa respeitar a sua individualidade antes de qualquer coisa.
Independentemente da crença, da classe social, do gênero, da faixa etária, das preferências e de uma série de outros fatores, é de suma importância que você respeite a si e depois respeite e acolha essa pessoa com a qual convive em sua jornada.
Entenda que tudo no universo tem uma razão
A partir do momento em que entendemos que para tudo no universo há uma explicação, passamos a viver de uma forma muito mais leve e feliz, pois paramos de questionar a Deus e o seu próprio poder.
Não cabe a nenhum de nós julgarmos qualquer pessoa. Isso cabe apenas a Deus. Os preconceitos disseminados por meio da fala e dos atos estão ligados, na verdade, à própria vulnerabilidade da pessoa que julga.
Além disso, esta é uma capacidade ligada àquelas pessoas que não são capazes de refletir sobre si mesmas e sobre as suas próprias escolhas.
Não refletem sobre o seu estado físico, emocional, espiritual e fisiológico e, ainda acham que podem contestar aquele que é “diferente” e se encontra em um estado “diferente”.
Contudo, o fato de uma pessoa achar que outra é “diferente” e agir de forma negativa quanto a isso já aponta para uma situação problemática: o preconceito. Além de apontar para uma nítida ignorância quanto às questões que afetam pessoas diversas.
Ressalta, também, que essa pessoa não é capaz de lidar com as próprias vulnerabilidades que se encontram dentro de si, de modo que não são capazes de respeitar ao próximo.
Assim, quando estamos bem resolvidos com nós mesmos, questões ligadas à aparência e bioidentidade deixam de importar, pois nos sentimos mais completos. Portanto, lembre-se: ame a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.